Deputado Domingos Sávio se posicionou a favor dos pecuaristas brasileiros; grupo Carrefour temeu impacto nas vendas.
Depois da repercussão negativa da fala do CEO Alexandre Bompard, o grupo Carrefour emitiu uma nota se retratando com o Brasil e os produtores rurais do país. Na semana passada, Bompard havia dito que as importações de carne do Mercosul seriam paralisadas, colocando em xeque a qualidade dos produtos produzidos em solo brasileiro.
A declaração não foi bem aceita, gerando imediato boicote de alguns frigoríficos ao Carrefour, impactando diretamente no lucro da empresa. Na oportunidade, lideranças do agro, como o deputado federal Domingos Sávio (PL-MG), vice-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, se posicionaram a favor do boicote. "Ao dizer isso, o Carrefour desrespeita de forma grosseira toda uma cadeia de trabalho e um país inteiro", afirmou, na última semana, Domingos Sávio. O deputado cobrou publicamente um posicionamento firmo por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
Nesta segunda-feira (26), o grupo Carrefour Global reforçou que a importação de carnes será mantida na França, ao contrário do que havia dito Alexandre Bompard. "Do outro lado do Atlântico, compramos quase toda a nossa carne brasileira no Brasil e continuaremos a fazê-lo. Lamentamos que nossa comunicação tenha sido percebida como uma contestação de nossa parceria com a agricultura brasileira e uma crítica a ela", disse em nota a empresa.