Corte do governo no seguro rural aumentará preço dos alimentos, alerta Domingos Sávio
- Dep. Federal Domingos Sávio
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Governo Lula confirmou congelamento de quase meio bilhão no crédito rural; deputado alerta sobre efeito cascata que poderá ocorrer nos supermercados
O Governo Federal realizou um corte de R$ 445 milhões no orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), medida que gerou forte reação do setor agropecuário. Dados divulgados mostram que o Mapa fez um bloqueio de R$ 354,6 milhões e um contingenciamento de outros R$ 90,5 milhões no seguro rural.
O PSR é uma das principais políticas públicas de apoio ao produtor rural, pois garante o acesso ao seguro agrícola com subsídio do governo, permitindo que agricultores contratem apólices a preços mais acessíveis. Com menos recursos disponíveis, milhares de produtores ficarão desassistidos, aumentando o risco de prejuízos irreversíveis em caso de perdas por seca, granizo, excesso de chuvas ou outras intempéries.
Vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o deputado federal Domingos Sávio (PL-MG) foi um dos primeiros a se manifestar contra o corte, classificando a decisão como irresponsável e prejudicial ao país. Para o parlamentar, o Governo Lula demonstra mais uma vez sua falta de compromisso com um dos pilares da economia. "O corte no Seguro Rural é mais um ataque direto ao setor que alimenta o Brasil. O agro precisa de segurança para produzir, não de um governo que vira as costas para quem está no campo", afirmou o deputado.
A medida ocorre em meio ao anúncio do Plano Safra 2024/2025, quando o Governo prometeu crédito e apoio ao produtor rural, mas, na prática, tem desmontado programas fundamentais para a proteção da atividade agropecuária. O corte de R$ 445 milhões, que representa mais da metade dos recursos previstos inicialmente para o PSR neste ano, pode inviabilizar a contratação de seguros por pequenos e médios produtores, que dependem do subsídio para proteger suas lavouras.
Domingos Sávio também ressaltou o impacto negativo que a decisão pode gerar no abastecimento e na inflação dos alimentos. Segundo ele, ao não garantir estabilidade ao setor produtivo, o governo está criando um ambiente de insegurança que pode refletir diretamente nos preços pagos pela população. "Sem seguro, o produtor pensa duas vezes antes de plantar. Isso significa menor oferta de alimentos e, consequentemente, aumento de preços. É o consumidor que paga a conta da incompetência do Governo Federal", alertou o parlamentar.
Parlamentares da Frente Agropecuária articulam ações para tentar reverter o corte e recuperar parte dos recursos por meio de recomposição orçamentária ou projetos de lei. Domingos Sávio afirmou que a bancada do PL está unida em defesa dos produtores e cobrará uma resposta imediata do Ministério da Agricultura e da equipe econômica. "O seguro rural não é luxo, é necessidade básica para garantir a produção e proteger quem trabalha de sol a sol para que o alimento chegue à nossa mesa", concluiu Domingos Sávio.
