Parlamentar reforça necessidade de conhecer os resultados da auditoria da previdência
Foi votado ontem, 29, o veto presidencial para realização de uma auditoria da dívida pública brasileira, que consome quase metade do orçamento do Brasil. Em sessão conjunta, deputados e senadores mantiveram a decisão tomada pelo presidente no último dia 11, quando sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018. Para que a negativa de Temer caísse, era necessário o apoio de 257 deputados. Foram registrados 156 votos a favor do veto e outros 103 contra. Com isso, não houve nem apreciação por parte dos senadores. Domingos Sávio endossou seu voto contrário e, apesar de derrotado, usou a tribuna para pedir transparência e moralidade com as contas públicas.
De acordo com o deputado, a realidade econômica atual é preocupante, não só pelo déficit fiscal, com o endividamento crescente das finanças públicas brasileiras, do Tesouro Nacional, mas com a própria Previdência sendo uma grande interrogação para todos. “Fui o requerente de uma auditoria na Previdência e tenho cobrado que essa auditoria seja objeto de um debate amplo. Acabei de protocolar um requerimento para fazermos uma audiência pública na Comissão de Orçamento, em que possamos debater, à luz da auditoria – que, foi-me informado, foi realizada pelo Tribunal de Contas em atendimento a um pedido meu -, qual é a realidade da previdência pública no Brasil. Mas é saudável que tenhamos, sim, uma auditoria completa sobre a dívida pública brasileira”, informou.
Outros parlamentares acusaram seus pares de desejar a instabilidade econômica ao votar contra o veto presidencial. No entanto, o deputado Domingos Sávio argumentou que, de sua parte, não era desejo criar nenhuma celeuma no mercado. Pelo contrário, seu desejo é passar, justamente, uma informação de transparência. “Surpreende-me que o Governo se recuse a ter esse tratamento de absoluta transparência com as finanças públicas. Eu creio que auditar as finanças seja saudável, tanto numa empresa privada – e isso é feito rotineiramente -, especialmente quando se trata do dinheiro público. Portanto, eu reitero que sou contra este veto, para que tenhamos, sim, auditoria das finanças públicas com absoluta transparência, não numa queda de braço política, não numa tentativa de desestabilizar a economia brasileira, mas de achar um rumo absolutamente claro, transparente, para a gestão do que é público”, finalizou.
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