
O deputado federal Domingos Sávio participou hoje, 19, de uma reunião no gabinete da ministra da Agricultura, deputada Tereza Cristina. A reunião contou com a presença de representantes de cooperativas de todo o Brasil, ligadas ao setor do leite, do café, da soja, do algodão, ou seja, de cooperativas ligadas às atividades agropecuárias e de crédito rural.
O objetivo do encontro foi explanar para a ministra da agricultura as dificuldades encontradas com relação ao crédito rural e demonstrar que muitos parlamentares estão unidos ao setor de agronegócios por entender sua importância na economia. Domingos Sávio reforçou que estes setores não só alimentam o nosso país, mas são fundamentais na geração de emprego, de divisas e é uma área que precisa ser olhada com muito respeito e pelo governo.
Durante a reunião, o parlamentar expôs que se preocupa com algumas ações do Ministério da economia que poderão prejudicar o país. “Queremos a garantia de continuar tendo “Crédito Rural”. Quando falamos em “Crédito Rural”, não estamos falando em pegar dinheiro do governo para financiar agricultura de forma subsidiada. Estamos falando em ter dinheiro para financiar a juros mais justos, mais adequados. O Brasil ainda pratica taxas de juros muito mais altas do que o resto do mundo, e isso torna ainda mais difícil para o produtor rural competir”, ressaltou.
O deputado revelou ainda que em outros países, os juros praticados pelo setor estão na casa de 1% ou 2% ao ano. Em países como Japão, é juros negativos, ou seja, é o governo que subsidia. No Brasil, o produtor paga tarifas que chegam próximo de 10% ao ano, portanto não há nenhum subsídio. O parlamentar denunciou ainda, que mesmo com juros tão altos, há risco de faltar investimentos por parte do governo para o “Crédito Rural”. “Não vamos aceitar que o ministro Paulo Guedes, da Economia, permita que os bancos façam agiotagem com os produtores rurais. Uma coisa é você pensar em liberalismo econômico, outra coisa é você fazer um capitalismo selvagem, massacrando a produção rural. Isso no meu entendimento, é falta de patriotismo. Não podemos deixar que os bancos, os banqueiros, agiotas e especuladores explorem,com juros altíssimos, quem está trabalhando e produzindo”, finalizou.