O Governo age de má fé com o agro e penaliza o consumidor final, afirma Sávio

Taxação da linha de crédito pode gerar grande impacto no preço dos alimentos

O anúncio do Governo Federal de que passará a taxar operações de crédito imobiliário e crédito agropecuário gerou forte repercussão no Congresso Nacional. A medida foi recebida com indignação pelo deputado federal Domingos Sávio (PL-MG), que tem por destaque ser uma das principais vozes de defesa do agronegócio e da geração de empregos.

A taxação atinge diretamente linhas de crédito cruciais para o desenvolvimento do país: o crédito imobiliário, responsável por movimentar a construção civil e gerar milhões de empregos, e o crédito rural, essencial para o financiamento da produção de alimentos no campo e que era isento de taxação. A medida, apresentada como forma de compensar perdas de arrecadação e compensar o recuo do governo no decreto do IOF, foi considerada por Domingos Sávio um ataque frontal aos setores que mais contribuem com o crescimento do Brasil. “É uma medida absurda, que pune justamente quem trabalha, quem investe e quem produz. O crédito para o agronegócio e para a habitação é essencial para gerar emprego, renda e comida na mesa do povo. O Governo Lula está sendo covarde com quem carrega o país nas costas”, disparou o parlamentar mineiro.

Segundo o deputado, o impacto da taxação pode elevar o custo dos financiamentos, dificultando o acesso da população à casa própria e encarecendo a produção agropecuária — o que pode se refletir diretamente no aumento dos preços dos alimentos. A decisão foi mal recebida por entidades do setor e já preocupa economistas e produtores. “A conta está sendo jogada no colo do cidadão, do agricultor, do pequeno produtor, do trabalhador da construção civil. Enquanto isso, o Governo gasta bilhões com privilégios, incha a máquina pública e ainda tenta enganar a população com discursos ideológicos. Não vamos aceitar isso calados”, reforçou Domingos Sávio.

O deputado, que é presidente da Frente Parlamentar do Comércio e Serviços e também vice-presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, já apresentou emendas e propostas para fortalecer o crédito rural e classificou a decisão como irresponsável e desastrosa. Segundo ele, o Congresso não pode ser conivente com medidas que enfraquecem a economia real e penalizam quem mais precisa de apoio. “Eles fazem demagogia com os mais pobres, mas tiram o acesso ao crédito de quem sonha com a casa própria e de quem planta o alimento que vai para a mesa do povo. É o típico governo que atrapalha em vez de ajudar”, afirmou Domingos Sávio.

PRESENTE DE GREGO

O parlamentar também lembrou que o Brasil é referência mundial na produção de alimentos e que o agronegócio responde por mais de 25% do PIB nacional. Para ele, é inadmissível que um setor tão estratégico seja penalizado pelo governo.

Na última semana, foi divulgado pelo IBGE que o agro puxou o crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2025, com um crescimento de 12,3%. “O agro não precisa de esmola, precisa de respeito e crédito barato para continuar alimentando o Brasil e o mundo. Essa taxação vai na contramão do que deveria ser feito. Em vez de estimular a produção e a geração de emprego, o Governo prefere aumentar impostos. Isso é burrice ou má fé”, concluiu.