“O verdadeiro golpe está sendo praticado por Moraes”, afirma Sávio

Presidente do PL em Minas Gerais reafirma que ministro age como investigador e juiz ao mesmo tempo

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu um amplo debate sobre os limites da Justiça e o equilíbrio entre os poderes no Brasil. Para o deputado federal Domingos Sávio (PL-MG), presidente do Partido Liberal em Minas Gerais, o processo contra Bolsonaro representa não apenas um ataque político, mas um risco concreto ao Estado de Direito.

Segundo o parlamentar, enquanto setores da esquerda tentam construir uma narrativa de que Bolsonaro atentou contra a democracia, a realidade é que a própria democracia está sendo ferida pela postura arbitrária de ministros do Supremo, em especial de Alexandre de Moraes. “O verdadeiro golpe democrático está sendo praticado por Alexandre de Moraes, que usurpa competências, desrespeita a Constituição e age como se fosse legislador, investigador e juiz ao mesmo tempo”, afirmou Domingos Sávio.

O deputado destaca que a Constituição é clara ao determinar que cabe ao Congresso Nacional legislar, e ao Ministério Público investigar, mas, segundo ele, Moraes tem acumulado poderes e transformado o STF em um ator político, enfraquecendo as instituições.

Para Domingos Sávio, o processo contra Bolsonaro não passa de uma estratégia para calar a oposição. “Querem eliminar Bolsonaro do jogo político porque sabem que ele continua sendo a maior liderança popular do Brasil. Isso não é Justiça, é perseguição”, reforçou o parlamentar.

O deputado lembra ainda que a democracia só se sustenta quando há respeito à pluralidade e à independência dos poderes, mas acusa o STF de avançar sobre o Legislativo e impor censura aos cidadãos. “Quando ministros da Suprema Corte passam a perseguir adversários políticos e impor medo a quem ousa discordar, não estamos diante de um processo democrático. Estamos, sim, diante de um autoritarismo travestido de defesa da democracia”, criticou Domingos Sávio.

O presidente do PL em Minas ressalta que seu posicionamento não significa desrespeito ao Supremo enquanto instituição, mas sim uma defesa da própria ordem constitucional. “É preciso separar a Corte de alguns ministros que extrapolam suas funções. O que está em jogo não é apenas o futuro da direita, mas a liberdade de todos os brasileiros”, concluiu.